New York - Minha segunda cidade


New York foi uma viagem maravilhosa, fora o contratempo da chegada, que em uma outra postagem eu conto pra vocês, até a hora da saída (que também foi outra aventura).
Estava hospedado na casa de uma grande amiga pianista, cujos filhos tinham sido meus coristas no coral de adolescentes. Ela morava numa cidade chamada Kearny em New Jersey. Um cidade muito próxima à Manhattan, só precisava pegar o metrô e descer embaixo das Twins Tower (As Torres Gêmeas), no World Trade Center. E é essa história que quero compartilhar com vocês.
Todos os dias eu pegava o metrô em direção à Manhattan. Queria conhecer tudo e aproveitei para fazer contato com muitos amigos que moravam lá. Encontrei meu amigo George, que ainda era um cara muito feio, mas um excelente organista. Hoje ele está bem casado com uma ex corista minha, linda! Por isso descobri também que meu amigo era de muita oração, pra casar com a Cíntia, só com muita oração mesmo porque ela era linda, e ele...tadinho. Ela vai brigar comigo demais quando ler isso..rsrs
Mas hoje até que ele está bonitinho!!! Naquela oportunidade fomos a Time Square comprar CD's e também ao Aquário da cidade. Um ótimo passeio com ele.
Aproveitei para ver meu amigo Rubens, e com ele fizemos um passeio bem legal além de conhecer sua linda família e sua igreja. Também encontrei meu querido mascote do coral de adolescentes, Neemias, que ja tinha se tornado num belo rapaz alto e forte. Fomos com ele e outros adolescentes passear no Central Park. Lugar lindo com suas charretes, seus lagos lindos o mais famoso imortalizado no filme Stewart Little...passeio maravilhoso!
Mas vou me deter no dia que fui ao WTC. Era uma manhã linda de setembro, desci do metrô e só tive o trabalho de subir as escadas rolantes que levavam até o pátio. Entre as duas torres existia um grande centro de conivência onde as pessoas caminhavam com muita tranquilidade. As lojas no andar térreo das torres eram enormes. Livrarias, lojas de cafe e mais uma infinidade delas.
Me chamou atenção um jovem executivo sentado no chão, isso mesmo, no chão. Pernas cruzadas com seu laptop em cima delas, enquanto ele saboreava seu Sandwich tirado de uma sacola de papel que estava dentro da mochila. Era hora do almoço! Fique observando aquela cena, porque o jovem estava num terno impecável e ainda assim sua simplicidade irradiava no seu modo de estar. Para minha surpresa ainda maior, ele terminou de comer seu lanche, amassou a sacola de papel e devolveu-a à mochila; fechou seu laptop e também colocou dentro a mochila e, supreendentemente, tirou de trás de si um patinete; abriu-o, pôs a mochila nas costas, subiu no patinete e lá se foi aquele arrumado jovem guiando seu patinete em meio ao fluxo de pessoas que estavam ali. Fiquei pensando...Nunca veria uma cena dessa no centro do Rio de Janeiro ou na Av. Paulista. Nós brasileiros somos menos simples (pra não dizer outra coisa e meus leitores acharem que eu deprecio o povo brasileiro).
Por fim subi à torre. Que vista!!! Que vento....uma coisa surreal estar ali. Parecia que tudo abaixo virara de brinquedo. Parecia que estava no céu, no topo do mundo! Voltei para casa ainda estupefato com tudo que vira.
Exatamente um ano depois, eu estava de volta à minha casa em Minas Gerais. Eram 9h da manhã do dia 11 de setembro, liguei a TV para assistir ao jornal e me deparo com aquela cena impensada, trágica, terrível, absurda, do ataque às Torres Gêmeas. Quando o segundo avião chocou-se contra a segunda torre meu estômago embrulhou e passei mau. Naquele momento pensei nas pessoas que estariam trabalhando, nos turistas, que todos os dias subiam ao terraço... e me indaguei..se aqueles terroristas tivessem escolhido fazer o ataque um ano antes eu não estaria aqui pra contar essa história. Sempre surpreso com a maldade humana!


Comentários

  1. Realmente NY sempre com suas maravilhas e surpresas. Agora, você que vislumbrou as torres gêmeas precisa voltar lá para vislumbrar o que está no lugar delas.

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  2. A oportunidade chegará não é!
    Obrigado pelo comentário.

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