Na Ponta da Batuta

Nao sei o quanto de vocês, meus amigos leitores, conhecem desse peixe além de seus pratos. Eu aprecio muito um Salmão bem feito, sem passar do ponto pra não ficar seco; sem assar de menos pra não ficar parecendo sushi, principalmente feito ao molho de alcaparras. Mas vamos lá, pra quem só conhece no prato, vou contar um pouco das características desse salmonídae. Nasce nos rios gelados do Canadá e EUA. Desce para os oceanos Atlântico e Pacífico e lá passa toda sua vida, crescendo tornando-se adulto e se preparando para a maior jornada da sua vida - A Jornada da Procriação.  Quando chega o tempo certo, o Salmão volta para a água doce, exatamente para o rio onde nasceu. Até chegar lá no alto do rio, os desafios são enormes, têm de passar pelas baleias orcas que ficam à espreita antes de entrar no rio, os que conseguem superar esse primeiro desafio, têm ainda de superar as corredeiras, as quedas d'água, as águias e o mais conhecido de todos - o urso. (Sem pôr na lista o cara

Há uma semana estou morando em um bairro de Londres que é considerado um "bairro judeu". Tudo aqui gira em torno da realidade deles. É uma comunidade que vive em prol de si mesma. O domingo aqui é o sábado, porque o sábado é o Shabat. Tentei me inteirar um pouco da realidade deles pra conhecer e pra saber em que ela pode me ajudar a melhorar como pessoa. Vou tentar explicar aqui um pouco do que aprendi nesse pouco tempo. Eles só se vestem de Preto. Tanto homens quanto mulheres e crianças. Vivem em prol da comunidade deles. Ajudam-se mutuamente, compram no comércio de quem é judeu, mesmo que seja mais caro. Normalmente as compras são feitas pelas mulheres, que tem toda responsabilidade pela casa. Elas são treinadas desde novas pra isso.  São as mulheres que escolhem a escola dos filhos, que aqui nem precisam de muita escolha pq quase todas as escolas são judaicas, só escolhem a mais perto de casa. São elas responsáveis por fazer a comida e servir ao marido e aos filho

Sentado na sala de espera do aeroporto de Lisboa, vendo os aviões decolarem e aterrissarem, minha mente viaja como essas aeronaves. O mundo parece menor, a França tá logo ali, o Estreito de Gibraltar, pertinho ... um pequeno pulo da Europa pra África. Pessoas vão e vem, com malas cheias de sonhos e projetos, mas também carregando dúvidas e incertezas. Ao meu lado está um rapaz de 26 anos que saiu de Bom Jesus do Galho, interior do interior de Minas Gerais, indo cheio de sonhos para Londres. Igual à ele, milhares de outros jovens já foram e outros ainda irão. Quem já saiu do país sabe a sensação de ver o mundo menor e as oportunidades maiores. Seus olhos vêem pessoas de todos os tipos, cores... são amarelos, azuis, pretos, marrons, vermelhos, alguns com "cor-de-burro-quando-foje" de medo de não passar na imigração. A grande verdade é que somos todos passageiros nesse avião chamado VIDA. Somos todos, hora embarcando, hora chegando, hora mudando de lugar, hora cheio de exp