Pai Rico - Pai Pobre

Há uns anos atrás li um bom livro por título Pai Rico, Pai Pobre, de Robert T.  Kiyosaki. Nele o autor fala sobre a diferença dos dois pais que ele tinha: um biológico e outro não e suas Fornas de administrar as finanças. O livro me ajudou bastante e ainda tenho sonhos de adquirir ativos. Na época comprei um livro desse numa edição especial pra criança pra dar aos meus filhos.
Passados quase 7 anos continuo achando muito difícil explicar para os filhos adolescentes o verdadeiro significado de ser rico. Num mundo tão capitalista, tão volúvel, onde os colegas disputam quem tem o celular mais moderno, quem tem o da maçãzinha, quem tem os melhores tênis, quem tem, quem tem, e quem tem. bicicleta e chinelos de de hoje valoriza "Quem tem" e não "Quem são".
É claro que nós gostaríamos de dar aos nossos filhos tudo o que precisam pra se sentirem felizes, com a auto estima lá em cima, mas também não queremos torná-los consumistas e sem valores. taí exatamente o X da questão - Como encontrar o equilíbrio entre essas polaridades?
Já conheci pobres cheios de dinheiro, já conheci ricos sem um tostão bem como os "normais" ricos com dinheiro e pobres sem dinheiro. Conheci um fazendeiro muito rico em Minas Gerais. Andava em carros importados, seus filhos também, tinha várias lojas na cidade, sua mulher cheia de jóias. Mas ao conhecê-lo na sua particularidade vi que se tratava de um homem completamente pobre. Seu filho entrava no chuveiro e depois de 10 minutos ele começava a gritar com o rapaz pra desligado chuveiro. Passados 5 minutos ele mesmo ia no quadro de energia e desligava, sem nenhuma cerimônia com as visitas. Conheci também um senhor muito pobre, vivia numa casa muito simples, não tinha carro, andava de bicicleta e chinelos de dedo. Nunca vi uma pessoa tão feliz, ajudava a muitas pessoas, vivia com pouquíssimo mas era como se tivesse muito. 
Então a maneira como faço pra tentar achar esse equilíbrio é contar todas essas histórias para os filhos e deixar que eles pensem, meditem e tomem suas próprias decisões, obviamente somados à todo histórico de educação que demos a eles eu espero obter esse equilíbrio que seja saudável à vida do adolescente. Desde a infância usávamos a música para ajudar na educação. Lembro-me do filme Mogli, o Menino Lobo. Na trilha sonora do filme havia a canção: "Necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais. Eu digo necessário, somente o necessário. Por isso nessa vida eu sigo em paz". Assim encerro esse pensamento! 

Comentários

  1. Depois de mtos anos fiquei convicta nessa simples frase;menos é mais... Isso n q se refere ao ter. Ótima reflexão Q pais e filhos adolescentes reflitam sobre o tema.

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  2. Sou tão feliz com o meu Matheus nisso. A grande necessidade dele é acumular conhecimento. Abre mão de praticamente tudo por um livro, aos 25 anos quase 26 não se sente compelido a tirar a tão sonhada Carteira de Motorista e resume: Mãe , pra quê ? Se onde quero ir , se meus sonhos só conseguirei alcançar com a minha formação, com meu doutorado e se para te ver o ônibus me leva com conforto ? Sonho mais com o passaporte, com uma aceitação numa faculdade em Portugal ou na França (que são referências em História) do que em ter um carro ou tirar a habilitação. Para mim tá de bom tamanho morar numa república no Catete e poder andar a pé pelas ruas do que ainda temos do Rio Antigo. Sou feliz. Nisso Sou feliz.

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    1. Isso é fantástico não é?
      Perfeito. Obrigado pelo comentário querida.

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    2. Assunto que deves voltar sempre Maestro. Nossos jovens precisam saber melhor o conceito do "ter", do possuir , principalmente no teu (meu também) meio, onde a Palavra nos exorta a diminuir -mo-nos constantemente para que Ele cresça. Se em nós há o querer crescer por meios dos objetos de consumo, como Deus em sua humildade fará morada em nós ?

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  3. Interessante esse paradoxo, as vezes o sujeito é tão pobre que as únicas coisas que ele tem são seus bens materiais, não é?

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    1. Verdade....O cara é tão pobre que a única coisa que tem é dinheiro.
      Obrigado por comentar

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