A Roda Gigante da Vida

A vida é como uma grande Roda Gigante, há momento de se estar embaixo e outros de se estar em cima. Há momentos de se estar no meio, vendo pessoas que estão no mesmo nível que você, vendo pessoas que sobem e outras que estão descendo.

Estamos todos sendo bombardeados pelas noticias da Operação Lava-Jato, que escancara para o mundo e para nós mesmos o povo de caráter ruim que somos, o povo corrupto que é o brasileiro. O pior é ainda se olhar no espelho e não se enxergar, não enxergar suas próprias mazelas.

Ontem assisti a um delator que dizia: "Só quero que esse depoimento acabe, que tirem essa tornozeleira eletrônica porque não quero mais trabalhar, quero curtir a vida que meus anos de trabalho me proporcionaram" Não vi nele sombra de remorso, muito menos de arrependimento. Percebi que se pudesse faria tudo de novo. E parece que é geral, todos delatores que vi, fazem seus relatos na maior calma e postura de quem está fazendo um favor ao país entregando bandidos como se eles mesmos não fossem.

Num outro ponto, vejo igrejas que antes eram palco para esses políticos, onde eram tratados como superstars, como semi-deuses, onde o chão era praticamente "lambido" pela liderança para que esses homens entrassem, sentassem, discursassem, e jantassem nas "salas vips" da igreja. E agora vejo as mesmas igrejas escondendo os documentos de "ligações perigosas", fotos, panfletos e mandando queimar tudo que faça menção a essa relação promíscua.

É claro que estou falando de exemplos de pessoas que chegaram ao topo da Roda Gigante por meio de fraudes, corrupção, desvios financeiros e toda sorte de porcaria. Mas há pessoas que chegam ao topo do mundo por meios legais, honestos, seja pela arte, pelo esporte, pelo mundo dos negócios, e etc. Mas a roda gira para todos...

Quando se está no alto da roda gigante você é o centro das atenções e muitos buscam estar ao seu lado, hora pelos benefícios que possa usufruir dessa aproximação, hora por ter um pouco da luz do holofote que está em você. Mas quando se está na parte de baixo da roda.....ah! suas companhias são: A solidão, o abandono, a depressão, a angústia e alguns outros parceiros do mesmo nível destes.

O que vai definir o valor de cada um é como a pessoa se porta em cada um dos níveis da Roda Gigante. Se ele está embaixo porque está começando, como ele vai agir para subir, como vai lidar com seus pares pra conseguir se sobressair em sua área. Se vai criar laços de relacionamentos ou se vai pisar na cabeça dos colegas pra chegar ao topo.
Se quando está está no meio, olha pra quem está subindo e usa como exemplo ou tem inveja; se olha para quem está descendo com ar de superioridade e desdém ou olha com olhar de aprendizado tentando descobrir onde erraram para não errar também e ter o mesmo destino, até mesmo de forma prematura.
Se, ao chegar ao topo, vai ajudar a muitos conseguirem também, se vai ajudar aos menos favorecidos... ou se vai fazer de tudo para se manter no topo inclusive detonando quem está chegando.
E por fim, se ao chegar embaixo vai adotar uma postura de coitado, dependente, injustiçado e cair nas marras da autocomiseração podendo até chegar ao suicídio (sem Baleia Azul), ou vai se lançar no mundo com coragem, determinação, e dizer: Vou tentar de novo! Enquanto há vida há esperança!

A maneira como nos vemos e agimos e reagimos, determina quem somos, independente do nível em que estamos na Roda Gigante.


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