Maria da Penha, Maria das Dores, e outras Marias


Há duas semanas estamos às volta com noticias sobre a suposta agressão física do cantor Vitor, da dupla sertaneja Vitor e Leo, contra a esposa. Depois de conversar com uma amiga sobre esse assunto e receber noticias sobre laudos da perícia do IML, resolvi escrever este post para alargar o debate e quem sabe, receber dos leitores algumas opiniões e comentários.

Há alguns dias atrás escrevi sobre Príncipes e Princesas e recebi muitos comentários inbox de todas as formas. Comentários de homens em busca de uma princesa mas só achando bruxas; comentários de mulheres procurando príncipes e só achando ogro, quando não apenas o cavalo; e até aquelas que procuram o Lobo Mau pra serem melhor ouvidas, mais bem vistas, melhor cheiradas, e.... vcs já sabem!
Vivemos tempos muito difíceis e não sabemos mais como agradar nem o que esperar de um(a) parceiro(a). Primeiro porque nunca sabemos de fato quem a pessoa é, mesmo convivendo com ela muito tempo. Se uma relação acaba, acaba o respeito a honra e a consideração. Não é difícil encontrar histórias de casais que ao se separarem "detonam" o parceiro para os conhecidos. Assuntos que eram apenas do casal viram públicos. Confidências que eram só do casal agora são dos amigos e até dos inimigos.

Sou completamente contra a violência doméstica, seja contra filhos ou contra o cônjuge. Não se pode aceitar mais na sociedade que vivemos um tipo de postura de pessoas assim. Penso que a mulher é muito frágil e o homem forte demais, então a violência se torna desproporcional, homem que bate em mulher merece uma surra de uns dez. Mas a questão que quero pôr em debate aqui é: O que fazer quando o homem é a vítima de abusos por parte da mulher e até mesmo de agressão física?

Quero citar dois exemplos que conheço, um deles está circulando na net:
O primeiro é de um casal que era meu vizinho no Rio de Janeiro. Ele era muito franzino, magro e, não sei porque cargas d'água, vivia bebendo muito. Era comum ver aquele homem meio cambaleante pelas ruas do bairro. Sua esposa era uma mulher de aproximadamente 120 quilos, braços fortes, pernas que mais pareciam toras de madeira.
Durante toda a minha infância presenciei aquele homem apanhando da mulher. Da minha casa ouvia os gritos de xingamento dela por ele chegar bêbado em casa. Ouvia-se o barulho dos tapas e o som seco dos socos que ele levava seguidos de gemidos contidos de vergonha. Ele sempre saía correndo com as limitações que ele tinha por causa da bebida, e ela, incansável ia atrás dele o esmurrando na cabeça pela rua à fora.
Anos e anos nessa tortura... a Lei Maria da Penha foi promulgada anos depois. Um dia, aquele homem que não estava tão bêbado quanto de costume, chegou em casa e ao ouvir os gritos seguidos da violência resolveu revidar. Mesmo com seus braços finos, mas ágeis, pegou aquela mulher pelos cabelos e descontou os 10 anos de surra que tinha levado. Qual foi o final? passou muitos meses na cadeia por não ter como pagar fiança.

O outro exemplo é o video de um jovem casal que está rolando na net. Ela esbofeteia ele seguidas vezes num estacionamento, e ele sempre de cabeça baixa. Parece que ela fala algo pra ele e ele tenta se desculpar e a abraça, mas ela volta a atacá-lo até que depois de muitas bofetadas ele reage com uma força descomunal e desproporcional contra a jovem. Não sei qual foi o final, mas de acordo com a Lei Maria da Penha, imagino. Pra mim...ambos errados! Mas acho que poderia se evitado.

Ficam algumas perguntas que, como sou leigo no assunto, ficam sem respostas. O que acontece com um homem quando a mulher inventa que foi agredida? Como fica o homem que passa a ter uma imagem de violento após ver seu nome nos registros policiais por uma denúncia falsa?
Nao estou aqui defendendo a violência, como falei no inicio, sou completamente contra. Mas penso que essas denúncias deveriam ser investigadas até o final e punir quem estiver errado. Alguém, de alguma forma, está sendo prejudicado. Quando uma denúncia é verdadeira a mulher, vítima, precisa de amparo mesmo. Mas quando a denúncia não é verdadeira além do homem, todas as mulheres que realmente precisam de amparo da lei ficam prejudicadas.

Todo relacionamento precisa de amor e respeito. É preciso se ter caráter para ao término de um relacionamento manter a idoneidade do(a) ex companheiro(a). O mundo precisa de pessoas com mais maturidade e menos mimimi. Na construção de um relacionamento ambos são igualmente responsáveis, assim como no término. Muito me estranha uma lei que protege apenas um sendo defendida por quem argumenta por direitos iguais.

Pronto...falei!

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