A Dualidade do Amor Familiar

Família é uma coisa muito interessante, nesses dias de quarentena acabamos casando com a Netflix e assistimos a alguns filmes que nos fazem pensar e refletir sobre muitas coisas. Assistindo ao filme ESTÃO TODOS BEM, com Robert De Niro, Drew Barrymore, entre outros... me fez refletir sobre o amor à família.

Já vi de tudo nessa vida sobre o assunto família. Já vi pessoas que vivem como se a família não existisse, aliás vou fazer uma pausa aqui pra dizer de que família estou falando. Não estou falando apenas da Célula Mater, pai mãe e filho - porque tem gente que acha que família é só isso. Estou falando de familia num contexto mais amplo, Pai, Mãe, filhos, irmãos, primos, tios, avós e etc. Mas voltando ao que eu estava dizendo... Já vi famílias abandonando indivíduos, assim como indivíduos abandonando família. Já conheci famílias dispersas, famílias aglutinadas, famílias estruturadas, famílias desestruturadas. Já vi pessoas que usam a família pra subir na vida, já vi pessoas que se gabam de púlpito da família que tem, que é amado por sua família, mas que na verdade a família sabe que sempre foi um carrasco e que continua sendo com os netos. Eles dizem que educam os netos, mas os próprios netos dizem que é uma tortura quando o avô chega na casa deles e os obriga a fazer coisas que eles não querem.

Mas o que quero tratar aqui vai de algo que eu custei a descobrir que estava errado, mas ainda bem que descobri. Muitas pessoas se recentem por ter nascido em determinada família ou o contrário, por não ter nascido naquela outra família. Queriam ter tido um sobrenome diferente (e brasileiro como é bobo sempre quer ter o sobrenome estrangeiro), queriam ter tido pais diferentes, irmãos diferentes e por aí vai. Alguns gostariam de teria tido um Pai Rico ao invés de um Pai Pobre. 

Família não é aquela que escolhemos, se fosse assim seria fácil. A família que escolhemos não passou pelas mesmas lutas que passamos, não sofreu a infância e toda a dificuldade do se estabelecer entre os irmãos. A família que escolhemos não conhece nossos defeitos, é muito mais fácil ser perfeito pra quem não conhece seus podres. A família que escolhemos tem aquele amor superficial criado apenas pela admiração do momento.
Mas por outro lado, a família que não escolhemos, aquela onde nascemos é a família que vai permanecer ao seu lado nos momentos bons e ruins, é a família que ama você pelo que você é, e não pelo que você tem ou pelo que você se tornou.
A família que não escolhemos viu nossos primeiros passos, viu nossas dores de barriga, viu a gente chorar e rir, viu a gente cair e levantar, viu a gente ser vitorioso ou derrotado e ainda assim permaneceu ao nosso lado.

Valorize sua família enquanto a tem, porque é ela que vai suportar suas quedas, porque a família que escolhemos só desfruta do nosso sucesso. Valorize aqueles que durante toda a vida pagaram um preço alto pra mantê-lo, pra cuidar, ...
Ame sua família apesar dos defeitos dela, ela suportou seus defeitos quando era jovem. Ame sua família porque no final de tudo é ela que estará ao seu lado no dia da sua despedida.

Estou falando aqui de familia emprestada e talvez o meu leitor nem saiba o que é isso. Se você nunca escolheu pessoas pra colocar no lugar dos seus familiares, ótimo, continue assim. Chame-os de amigos. Porque esses também são importantes!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DIGA NAO ÀS DROGAS E SIM A UM CHEIRO NO CANGOTE

Uma reflexão no Dia de Finados

O Pássaro Colorido