USINA QUE CANTA

 O Coro Usina Intendente Câmara sem dúvida nenhuma foi o melhor Coro que regi na minha vida. Um pessoal muito comprometido com o trabalho e que queriam ver o sucesso do grupo. Foram mais de dez anos sob minha batuta...e quanta coisa legal fizemos, quantos concertos lindos. Dentre eles posso citar: La Traviata, Viúva Alegre, Te Deum (Carpentier), Oratório de Natal de Saint Saens, Réquiem de Mozart, Réquiem de Fauré, só pra citar alguns.
Fizemos grandes parcerias que trouxeram crescimento para o coral e outras compartilhando o pouco que tínhamos. Parcerias feitas com o Palácio das Artes, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico do Palácio das Artes, Orquestra Sinfônica da Universidade de Minas Gerais, Associação Coral Fundação Sao Francisco Xavier, dentre outras.
Com esta postagem dou inicio a uma serie de artigos que irei escrever sobre nossa trajetória e espero que os próprios coristas da época ajudem-me a contar essa história que foi linda e que marcou a vida de cada um de nós.
Minha história com eles começa em dezembro de 1998. Eu tinha saído do Rio de Janeiro com convite para dirigir a música da Primeira Igreja Batista de Coronel Fabriciano, MG. Estava próximo ao Natal e as cidade se movimentavam para as festas (cidades porque são três praticamente juntas - Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo) e o comércio super aquecido. Resolvi num sábado à noite passear com minha família no Shopping e para minha alegria, ao lado da fonte estava um praticável montado e que nos momentos seguintes um coral iria se apresentar com canções natalinas. Fiquei para assistir!
e poucos minutos depois o coral toma seu lugar. Assisti sua apresentação com bastante atenção, tinha acabado de deixar o Rio, onde eu cantava num dos melhores corais a capela do Brasil - o Canto em Canto, regido pela fera Elza Lackschevitz. Percebi que podia fazer muitas coisas com aquele coral. Haviam coisas boas no que estavam apresentando, mas eu vi muitos pontos que podiam ser melhorados e sabia que podia ajudá-los. Então pensei: - Ah se esse coral estivesse na minha mão....
Para minha surpresa, alguns meses depois a diretoria daquele coral me procurou fazendo-me uma proposta. Fui para uma reunião com eles e apontei em que precisavam melhorar. Então em maio de 1999 assumi a direção do coral. Logo pensamos na reestruturação do coral e começamos a trabalhar nas bases. Deu-se inicio então a uma era de muito sucesso e alegrias, também de lutas e frustrações que vou contar nessa série que irei chamar de USINA QUE CANTA.