Se esquivando do Tétano em Caracas
Quando chegamos ao aeroporto tivemos de pegar um ônibus e atravessar a montanha visto que Caracas fica numa espécie de vale ou cratera...sei lá. A viagem tinha sido um misto de bom e ruim. O ruim foi o avião ter atrasado quatro horas, o bom que nos mandaram para o Sheraton com tudo pago pela empresa aérea. O vôo em si foi muito desconfortável, muita turbulência e parecia que não íamos chegar. Eu fiquei hospedado na casa de uma família de médicos e extremamente bem recebido. Quando chegamos me levaram a uma lanchonete que servia um sanduíche cujo pão era feito com uma massa tipo tapioca, mas sem sal e o recheio nós que escolhíamos. Mas apenas recheios salgados tipo abacate com sal e outras coisas que não me atrevi a experimentar. Fiquei com o presunto mesmo.
Caracas é uma cidade linda, mas, naquela época, sua economia estrava destruída. Fomos convidados para um almoço no prédio do Citibank, nosso anfitrião. A almoço foi almoço de celebridade, mas na rua a pobreza era evidente. Com 1 dólar americano podíamos comprar muitas coisas, pois o bolívar, moeda local, estava muito desvalorizada.
A parte engraçada da viagem e trágica também, era ver coisa que nunca vi no Brasil: Carros andando sem os faróis, apenas o buraco onde era pra ter. Carro de uma cor com porta de outra cor e mmuuuuuito enferrujados e velhos, praticamente caindo aos pedaços. O transporte público era feito por vans particulares, não havia nem uma cooperativa. Dai comentamos entre nós coristas. A preocupação aqui não é ser atropelado e sim morrer de tétano se um carro enferrujado desses esbarrar em nós (rsrsrs). Quantas alegrias vivemos ali....um festival muito rico. Conheci o Mestre Alberto Grau, e toda estrutura musical que ele criou em Caracas. Também conheci o pai do Pedro Eustace, saxofonista do Yanni. Tempos agradáveis na Venezuela!
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