Diva Brasileira
Um texto meio que homenagem. Em 1996 tive o prazer de trabalhar com dois gigantes da música brasileira, um já nos deixou - Ueslei Banus. Mas o outro, no caso, outra, continua muito ativa e ainda servindo de referência pra muitos, inclusive pra mim.
Uéslei trouxe para nosso coral a proposta de se fazer uma grande obra - A Criação, de Haydn. Ficamos encantados com a obra, sua sensibilidade, harmonia, seus contrapontos pra falar da Criação de Deus. Também nos trouxe a informação de que cantaríamos com seu outro coral, Moacyr Bastos, e com a Orquestra Sinfônica Nacional, sob a direção da Diva.
Ueslei tinha me convidado pra fazer a preparação técnica vocal do grupo e pra ser monitor do naipe dos baixos. O que eu fiz com a maior alegria me sentindo honrado com o convite.
Então, numa quarta-feira, final da manhã, ela chegou para o ensaio na capela do Seminário. Seria o primeiro ensaio com a maestrina. Eu não a conhecia e não sabia que ela se tornaria "A" Maestrina pra mim. Quando a olhei, vi aquela mulher, aparentemente frágil, doce, linda. Vestia uma calça de couro muito elegante, uma blusa de botões com um suéter bem delicado por cima. Aquela mulher de estatura baixa, cabelos loiros ligeiramente esvoaçados pelo vento, mas presos por uma presilha.
Depois de apresentada foi para a frente do coral. Levantou o dois braços, olhou para a pianista e para a organista que estava do outro lado. E numa ordem com muita elegância, disse: Professoras! (Como quem com um olhar comandasse tudo à sua volta). Ela então, comecou a reger e como num desenho animado, se agigantou bem à nossa frente. Aquela mulher aparentemente frágil dá lugar a uma mulher vibrante, cálida, exalando força e segurança. Todos ficaram como que hipnotizados com sua segurança musical e com sua elegância no gestual, na plástica e no falar.
Depois disso tiver o prazer de conhecê-la mais de perto em outros concertos e receber dela, além de material para minha orquestra, dicas importantíssimas que carrego comigo até hoje.
Há muito tempo não a vejo pessoalmente, mas acompanho sua carreira, seus projetos e seus concertos, de longe. ..meio que de perto.
Um retumbante aplauso para esta que, sem dúvida nenhuma, é uma das mulheres mais importantes no Brasil:
Uéslei trouxe para nosso coral a proposta de se fazer uma grande obra - A Criação, de Haydn. Ficamos encantados com a obra, sua sensibilidade, harmonia, seus contrapontos pra falar da Criação de Deus. Também nos trouxe a informação de que cantaríamos com seu outro coral, Moacyr Bastos, e com a Orquestra Sinfônica Nacional, sob a direção da Diva.
Ueslei tinha me convidado pra fazer a preparação técnica vocal do grupo e pra ser monitor do naipe dos baixos. O que eu fiz com a maior alegria me sentindo honrado com o convite.
Então, numa quarta-feira, final da manhã, ela chegou para o ensaio na capela do Seminário. Seria o primeiro ensaio com a maestrina. Eu não a conhecia e não sabia que ela se tornaria "A" Maestrina pra mim. Quando a olhei, vi aquela mulher, aparentemente frágil, doce, linda. Vestia uma calça de couro muito elegante, uma blusa de botões com um suéter bem delicado por cima. Aquela mulher de estatura baixa, cabelos loiros ligeiramente esvoaçados pelo vento, mas presos por uma presilha.
Depois de apresentada foi para a frente do coral. Levantou o dois braços, olhou para a pianista e para a organista que estava do outro lado. E numa ordem com muita elegância, disse: Professoras! (Como quem com um olhar comandasse tudo à sua volta). Ela então, comecou a reger e como num desenho animado, se agigantou bem à nossa frente. Aquela mulher aparentemente frágil dá lugar a uma mulher vibrante, cálida, exalando força e segurança. Todos ficaram como que hipnotizados com sua segurança musical e com sua elegância no gestual, na plástica e no falar.
Depois disso tiver o prazer de conhecê-la mais de perto em outros concertos e receber dela, além de material para minha orquestra, dicas importantíssimas que carrego comigo até hoje.
Há muito tempo não a vejo pessoalmente, mas acompanho sua carreira, seus projetos e seus concertos, de longe. ..meio que de perto.
Um retumbante aplauso para esta que, sem dúvida nenhuma, é uma das mulheres mais importantes no Brasil:
LÍGIA AMADIO
Aplausos!!! Dos dois maestros mencionados, tive o prazer de conhecer, aprender e conviver com Ueslei Banus. Fonte inesgotável de musicalidade!!! Saudades! !!
ResponderExcluirGrande amigo também. Obrigado por comentar
ResponderExcluirQuerido Marcelo Melo, quanta alegria senti ao ser seu texto. Nem sei como agradece-lo por tanta honra, por sua generosidade e por seu carinho! É surpreendente como ver que deixamos rastros às vezes indeléveis em nosso caminho. É como se nós, seres humanos, tivéssemos a capacidade de deixar um perfume que não se extingue, e que paira no ar. Igualmente foi maravilhoso conviver com você, com Ueslei e com esse excelente coro com o qual realizamos tantas obras sinfônico-corais maravilhosas e inesquecíveis. Abraço-lhe forte, com gratidão e saudades!
ResponderExcluirSempre um prazer falar de vc, escrever sobre vc, acompanhar seus projetos e assistir seus concertos. Você é uma pessoa que inspira a muitos. Pode ter certeza que sua marca está em muitas pessoas e sou grato a Deus por tê-la colocado num momento em minha história.
ExcluirForte abraço
Bravo Marcelo, você expressou muito bem o que vem a ser a emoção de um ensaio com essa grande maestrina. Sempre que posso estou na plateia de seus concertos pra me deliciar com suas maravilhosas e sempre profundas e intensas interpretações. Também tive o grande privilégio de ser regido por Lígia Amadio e espero ainda poder ter esse prazer imenso outras vezes.Vibro pela felicidade e realização dessa querida maestrina e amada amiga.
ResponderExcluirObrigado amigo!
ExcluirRealmente indiscritível trabalhar com ela!
Obrigado por comentar